terça-feira, 23 de abril de 2024

Espiritismo, espiritistas y la cultura

Por José Arroyo
Coordinador del Comité Organizador, Congreso CEPA - PR 2024
Vicepresidente de CEPA - Asociación Espírita Internacional Región Centro, Norteamérica y Caribe
Director Esculela Espírita Allan Kardec

Tapia y Rivera, Corchado y Juarbe, Capetillo, Derkes, Roqué de Duprey, Belber y muchas otras personalidades de la cultura, el arte, la política, la ciencia, el campo y la ciudad, en Puerto Rico, tienen algo en común: son espiritistas. Sí, se identificaron, militaron, escribieron o ejemplificaron una vida de valores, de virtudes, de servicio, de anhelos de dignidad, de libertad, de equidad y de mucho más, bajo el estandarte de una filosofía de vida que hoy podemos decir que es el mayor espiritualismo humanista, librepensador y propulsor de un laicismo éticamente centrado. 

Ese pasado no se ha perdido, porque los espíritas o espiritistas puertorriqueños seguimos comprometidos con nosotros mismos y con nuestro terruño. Claro está, como ha sido en múltiples instancias, romper con el insularismo, con el aislamiento y con las gríngolas es importante y valioso. Por eso, hoy día, un sector vocal, militante, activo y público de la comunidad espiritista de Puerto Rico nos involucramos en iniciativas, colectivos y organizaciones de carácter internacional. Ese tipo de participación nos amplía la visión, aumenta nuestra cultura y nos enriquece, para así servir mejor a otros.

Como un ejemplo claro de esto, un grupo de amigas y amigos nos hemos dado a la tarea de mantener un vínculo, desde su fundación en 1946, con lo que fue la Confederación Espírita Pan Americana (CEPA por sus siglas en castellano). Dicha organización, la CEPA, ha mantenido relaciones internacionales con aquellos espiritistas que vemos en el Espiritismo un cúmulo de ideas, de estudios, de análisis que pueden ser vividos desde la laicidad, el progreso, el servicio y la espiritualidad tal como propuesto por su fundador Allan Kardec en el Siglo XIX. En el caso del que suscribe, tenemos el placer y el privilegio de representarnos desde la Escuela Espírita Allan Kardec en San Juan, Puerto Rico.

En el 2016, la CEPA se reorganizó y decidió convertirse en CEPA-Asociación Espírita Internacional, para dar cabida no solo a grupos espíritas sino a individuos que se identifican con sus objetivos y propósitos, que no solo fuesen de habla hispana o del quehacer iberoamericano. En ese momento, Puerto Rico volvió a tener un rol en su Consejo Ejecutivo, como había ocurrido en múltiples ocasiones en el pasado. Ahora en el 2024 tenemos la responsabilidad y el privilegio de ser anfitriones a un evento de clase mundial. El 24to Congreso de CEPA-Asociación Espírita Internacional se celebrará en nuestro querido Puerto Rico. Este evento, que en esta edición reúne a personas de más de 10 países, se realiza cada 4 años. Fuimos anfitriones en 1957, 1969, 1993 y 2008. Ahora, disfrutando de lo que la tecnología nos permite, tendremos participación presencial y participación virtual desde distintos puntos del globo. Con este evento, cuya temática es “Arte, Educación, Cultura y Espíritu: El Espiritismo dice presente en la experiencia humana”, ahora Puerto Rico se viste de gala y queda nuevamente en vitrina. Este importante ágape se realizará del 16 al 19 de mayo de 2024 en las instalaciones del Colegio de Abogados y Abogadas de Puerto Rico.

Como una de las atractivas actividades precongreso que estamos organizando, a través de la Escuela Espírita Allan Kardec hemos invitado a Puerto Rico al reconocido académico e intelectual, autor, conferenciante y educador, el Psicólogo Jon Aizpúrua Esnal. Autor de más de una docena de libros y conferenciante en decenas de países. Gracias al apoyo del amigo Roberto Ramos Perea y el auspicio del Instituto Alejandro Tapia y Rivera, previo a que el Lcdo. Aizpúrua presente en el Congreso, estará conferenciando en el Ateneo Puertorriqueño durante la noche del martes 14 de mayo a las 7pm.

Es interesante cómo 2 lugares con los cuales el movimiento espiritista puertorriqueño ha tenido un vínculo e influencia directa, como lo ha sido el Ateneo Puertorriqueño y el Colegio de Abogados y Abogadas de Puerto Rico, son la sede de una magna conferencia y de un Congreso Internacional. En nuestro lenguaje popular/espírita utilizamos la frase “No ha casualidades, sino causalidades” y esta coincidencia de eventos no nos parece casual.

Invitamos a todos los que nos leen a que no se pierdan estas actividades. Para más información, les exhortamos a visitar la página www.2024congreso.com o nos pueden escribir al email 2024congreso@gmail.com.

sexta-feira, 1 de março de 2024

A Parte e o Todo

 Alexandre Cardia Machado*

Meu cunhado e ex-presidente do ICKS, Roberto Rufo, há alguns anos me presenteou com um exemplar de A parte e o Todo, escrito por Heisenberg lá pelos anos 1960. É um livro que descreve as angústias e os desafios do desenvolvimento da Física Atômica e Quântica. Heisemberg é o autor do conhecido do chamado “Princípio da Incerteza”, que acabou com o último paradigma da Física Clássica ao afirmar que não era possível determinar ao mesmo tempo a posição e a velocidade de um elétron em seu movimento ao redor do núcleo atômico. Este mesmo princípio levou filósofos pelo mundo todo a questionar, se não podemos saber com certeza, como se comporta uma partícula, como podemos estar tão certos de como se comporta, portanto, um objeto complexo?

 Nossa sorte é que objetos complexos, de massa e velocidades baixas, não são afetados fortemente, nem pela física quântica nem pela física relativista de Einstein e sim, podemos prever suas trajetórias e criar modelos de previsão. Quanto a criar modelos, mesmo para partículas atômicas pode-se fazer previsões de funções de probabilidade usando as equações da física quântica, muito mais complicadas é verdade, mas perfeitamente possíveis para as aplicações práticas.

 Este princípio da incerteza atingiu também um preceito importante espírita a lei de causa e efeito, ao menos nos faz pensar se ela – a lei de causa e efeito é absoluta, ou é digamos relativista ou quântica.

O autor nos leva a pensar sobre, como a descoberta de leis da natureza e comportamentos que se dão a todo momento no muito pequeno, como o mundo atômico ou nuclear, seguindo sempre as mesmas regras, podem afetar as formações maiores existentes no Universo como galáxias, estrelas e outros objetos deste porte.

Werner, nos últimos 20 anos de vida encarnada trabalhou no busca de uma teoria de campo unificado, capaz de conter todas as manifestações da matéria, algo ainda não atingido.

Heinsemberg sobreviveu a duas grandes guerras, nas suas palavras teve a sorte de a Alemanha Nazista não ter investido na construção da bomba atômica, tendo ele àquela época estudado apenas o uso da energia para fins pacíficos. Fala de seu drama pessoal e de outros físicos que sabiam que isto seria possível um dia, ainda que pensassem que não houvesse tempo para construí-la naquela guerra. Infelizmente sabemos que sim e que foi usada para terminá-la em Nagazaki e Hiroshima no Japão.

O livro permeia a questão da ética no uso da ciência e o autor termina por dizer: – “Fortaleceu-se minha convicção de que, avaliadas pela escala temporal humana, a vida, a música e a ciência prosseguiriam para sempre, ainda que nós mesmos não sejamos mais do que visitantes transitórios, ou nas palavras de Niles Bohr, simultaneamente espectadores e atores do grande drama da vida”. Em outras palavras, não é no conhecimento que está o problema, mas sim na ignorância e na falta de ética na sua aplicação que reside o mal.

O Livro do Espíritos na questão 779, nos ajuda a entender:

 “Como ocorre então, que os povos mais esclarecidos sejam, frequentemente, os mais pervertidos?

– O progresso completo é o objetivo, mas os povos, como os indivíduos, não o alcançam senão passo a passo. Até que o senso moral se tenha neles desenvolvido, eles podem mesmo servir de sua inteligência para fazer o mal. O moral e a inteligência são duas forças que não se equilibram senão com o tempo.”

Para abrir a sua mente: Leia o livro A parte e o todo de Werner Heisemberg, Editora Contraponto,1996

[Texto publicado na coluna Abrindo a Mente - jornal Abertura jan/fev 2019]

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* Alexandre Cardia Machado é Presidente do ICKS – Instituto Cultural Kardecista de Santos, editor do Jornal Abertura e membro do Conselho Executivo da CEPA – Associação Espírita Internacional.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

QUAL É O JESUS DO ESPIRITISMO?

Salomão Jacob Benchaya*

         O livro O Cristo de Paulo de Tarso, lançado em outubro/2020 pelo prof. José Lázaro Boberg, de Jacarezinho-PR, está fadado a marcar fortemente o movimento cristão e, particularmente, o espírita. Isto porque confronta posições arraigadas na tradição católica e espírita em torno dos evangelhos e de seus principais protagonistas, com repercussões, a meu ver, na leitura das obras de Kardec e de médiuns como Chico Xavier e seu guia espiritual Emmanuel.

Nessa obra, prefaciada por Milton Medran Moreira, Boberg afirma que o Cristo a que Paulo se refere em suas “cartas” ou “epístolas” – os primeiros escritos do cristianismo – não é o homem de Nazaré, mas o Christós do gnosticismo, o Cristo espiritual, interior, o Deus que vive em nós, centelha divina de que todos são dotados.

Boberg é um estudioso da temática bíblica e do gnosticismo, doutrina cristã anterior ao cristianismo, considerada herética e violentamente combatida pela Igreja, já tendo publicado, nessa mesma linha, obras como “O Evangelho de Tomé – o elo perdido”, “O Evangelho de Judas”, “O Evangelho de Maria Madalena” e “O Evangelho Q”. Seus estudos baseiam-se em trabalhos de brilhantes pesquisadores do cristianismo e dos seus principais protagonistas. Na Introdução de seu livro, o autor informa: “choquei-me ao defrontar com uma inusitada descoberta do ‘Cristo Gnóstico de Paulo’ através de dois livros fundamentais, fora da literatura espírita: o best seller ‘O Cristo dos Pagãos: a sabedoria antiga e o significado espiritual da Bíblia e da história de Jesus’ e ‘Transformando água em vinho’, ambos do ex-pastor Anglicano, Tom Harpur.” Cita, ainda, autores famosos como Rudolf Bultmann, John Dominic Crossan, Elaine Pagels, Barth Ehrman, Alvin Boyd Kuhn, Albert Schweitzer, Marcelo da Luz, Carlos Pastorino, Huberto Rohden, Hermínio de Miranda, entre outros. Aproveito para destacar os interessantes livros de autoria do ex-seminarista católico prof. José Pinheiro de Souza (1938-2014) “Três Maneiras de ver Jesus”(2011), com prefácio de Milton Medran Moreira, e “Mitos Cristãos”(2019), ambos tratando da verdadeira identidade ou natureza de Jesus.

Boberg também menciona a importância do “Jesus Seminar”, fundado em 1985, na Califórnia, formado por um dos mais qualificados grupos de crítica bíblica, cujo objetivo era reconstruir a vida do Jesus histórico, definindo quem era Jesus, o que fez, o que disse, empregando o conhecimento científico e baseando-se em fontes primárias, evidências arqueológicas e em estudos antropológicos. Pretendiam separar o Jesus Histórico do Cristo da Fé.

A partir dessa copiosa literatura, acredito que os estudiosos espíritas - particularmente os espíritas cristãos - têm o dever de analisar racionalmente esse tema, à luz da Ciência, como recomendado por Kardec, até porque uma das críticas que lhe são endereçadas refere-se, justamente, à sua demasiada vinculação da Filosofia Espírita com as tradições religiosas do judaísmo/cristianismo.

No século XVIII, iniciavam-se os estudos do chamado Jesus Histórico com o trabalho do filósofo deísta alemão Hermann Samuel Reimarus (1694-1768), negando a origem sobrenatural do cristianismo o que, naturalmente, não era bem visto pela Igreja.  Em 1835, o teólogo alemão David Friedrich Strauss escreve o livro “A Vida de Jesus” criticando o “mito de Jesus”, afirmando que sua vida nada tinha de sobrenatural. Uma obra com o mesmo título surge, na França, em 1863, escrito pelo teólogo, filósofo e historiador Ernest Renan demonstrando que o Jesus histórico não é o mesmo Cristo da Fé ou o Jesus Dogmático. Essa obra teve grande repercussão e Kardec, inclusive, a menciona na Revista Espírita de maio e junho de 1864, não sem demonstrar seu desagrado pela interpretação nada cavalheiresca que o autor faz ao Cristo descrito nos evangelhos. Um pouco antes, em 14 de outubro de 1863, o Espírito Erasto, respondendo à pergunta de Kardec sobre “que efeito produzirá a ‘Vida de Jesus’, de Renan?” afirmara que este “se inclui nessa legião de Espíritos encarnados que se podem classificar como demolidores do velho mundo” e finaliza sua comunicação dizendo que “Sem o suspeitar, Renan achanou o caminho para o Espiritismo”(A.K. - Obras Póstumas).

Sabe-se hoje que as narrativas dos evangelhos canônicos – os “atribuídos” a Marcos, Mateus, Lucas e João – são construções literárias surgidas a partir da segunda metade do século I, provavelmente copiados de uma fonte anterior, o Evangelho “Q” – de Quelle (fonte) – e que, em grande parte, são reproduções de tradições mitológicas que formataram o Jesus Cristo - o Cristo da Fé - das Igrejas cristãs. As revolucionárias descobertas, em Nag Hammadi, no Egito, de papiros contendo o Evangelho de Tomé (1945) e mais tarde, dos Manuscritos do Mar Morto (1947), guardados em vasilhas de barro, muitos ainda não revelados ao público, sugerem uma relação entre Jesus e a Ordem dos Essênios, seita judaica ortodoxa. Estudiosos admitem que os aforismos (máximas, ditados) contidos nestes papiros são os mais coerentes com os ensinos de Jesus e revelam que a narrativa biográfica da vida de Jesus foi introduzida posteriormente nos Evangelhos canônicos produzidos pela Igreja.

O fato é que os estudiosos são unânimes em afirmar que não existem registros verdadeiramente originais, mas sim cópias de cópias como informa Boberg em seu livro “O Cristo de Paulo de Tarso”. Sabe-se, também, que muitos “fatos” narrados nos Evangelhos foram copiados de tradições pagãs da Pérsia e do Egito ou ajustados às profecias do Antigo Testamento.

Disso tudo, fica a pergunta: - Afinal, o que, nos Evangelhos, é verdadeiro e o que é mito? A tese de que Paulo de Tarso, nos seus escritos, não está se reportando a um Jesus humano, mas a um conceito gnóstico – o Christós (Deus em nós) – sugere uma reflexão sobre o fato de Kardec, apesar de haver se detido apenas no ensino moral de Jesus, conforme explicita n’O Evangelho Segundo o Espiritismo, em “A Gênese” interpreta, sob a ótica espírita, milagres e predições de Jesus narrados nos evangelhos canônicos, evidentemente uma fonte não confiável.

            Sei que a abordagem deste assunto fere tradições e crenças religiosas arraigadas e não é meu propósito desrespeitá-las.

            Todavia, não posso me furtar a encarar os fatos que a Ciência vem demonstrando mediante pesquisas honestas como as do "Jesus Seminar”, da Califórnia, de que apenas 18% do que Jesus disse e 16% do que ele realizou, são aceitos como verídicos, nos evangelhos canônicos. Lembremo-nos de que Kardec aconselha que o espiritismo siga a Ciência e que se modifique nos pontos em que ela indicar que ele esteja em erro. O escritor José Lázaro Boberg afirma, no seu “O Cristo de Paulo de Tarso”, que “a ‘vida’ de Jesus nos evangelhos resulta, em última análise, portanto, como uma cópia deturpada e fragmentária de um protótipo egípcio que era um personagem puramente dramático retratando a divindade no ser humano”, reproduzindo o escritor e ex-pastor anglicano Tom Harpur, autor do clássico “O Cristo dos Pagãos”.

Elaine Pagels, Helmut Koester e outros pesquisadores concordam em que os aforismos (ditos, sentenças, repositórios de sabedoria ancestral, pré-existentes a Jesus) encontrados no evangelho de Tomé são os que mais se assemelham aos ensinamentos de Jesus, o que ajuda a identificar o que foi interpolado nos Evangelhos da Igreja. Hermínio C. Miranda também aborda esse assunto em seu livro "O Evangelho de Tomé - Texto e Contexto".

Não vejo motivo para que o assunto não seja discutido nas casas espíritas. É óbvio que haverá resistências compreensíveis, pois se adentra no terreno das crenças arraigadas. Os espíritas lidam, há mais de um século, com a ideia de que Jesus é o Espírito mais puro que encarnou na Terra, sendo, mesmo o seu Governador. Espíritas roustainguistas nele veem um Espírito que nunca errou e que evoluiu em linha reta, sem encarnar, tendo nascido virginalmente com um corpo fluídico – doutrina radicalmente conflitante com o espiritismo. Em outra vertente espiritualista afirma-se que é tal a evolução de Jesus que necessitou de 1.000 anos apenas para condensar seu períspirito e poder reencarnar entre os humanos. No Brasil, especialmente, cresce vigorosamente a cristolatria.

Uma mudança nas nossas estruturas mentais, no dizer de Jaci Régis, se faz necessária.

Eu, por exemplo, diante da não confiabilidade dos textos canônicos, com suas falsas histórias acerca de Jesus, prefiro substituir o Cristo Homem, eclesiástico, e adotar o conceito pagão e gnóstico do Khristós – potência divina imanente em todos os seres, o Cristo interno – princípio que independe de religião, etnia ou localização geográfica. Maurice Herbert Jones usa a expressão teotropismo para nomear esse impulso interno do Ser em busca de Deus.

Esse conceito, por outro lado, alinha-se perfeitamente com a proposta de autonomia moral inerente à Filosofia Espírita, tão realçada em obras lançadas recentemente. Repetindo meu comentário constante da parte final do livro do Boberg, pode-se dizer que, se Allan Kardec tivesse conhecimento dessa informação, estaria plenamente justificado, a meu ver, o uso que fez das expressões “Espiritismo Cristão” e “espíritas cristãos”, que alguns consideram inapropriadas.

 

(Artigo publicado no jornal CCEPA Opinião, edições de março, abril e maio de 2021 - https://ccepa.org.br/ )

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* Membro do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, da CEPABrasil e da CEPA. Ex-dirigente da União Espírita Paraense, do Grupo Espírita Vinha de Luz, em Belém do Pará, ex-presidente da FERGS (Federação Espírita do Rio Grande do Sul).